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sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Diga NÃO à "missa crioulla", diga SIM à Missa Católica





É interessante ver, nestes dias que antecedem à Semana Farroupilha, isto é, aos dias (muitos mais dos que os de uma semana apenas) que antecedem ao dia 20 de Setembro, memória eterna e infalível dos milhares da Gaúchos que pelearam e morreram na tentativa de fazer a secessão entre a então Província de São Pedro do Rio Grande do Sul e o Império do Brasil.

Esta magnífica data é celebrada todos os anos, nos últimos 150 anos, para sempre lembrar que “povo que não tem virtudes, acaba por ser escravo”, como tão bem diz a estrofe do Hino do Rio Grande do Sul, que foi ilegitimamente suprimida pelo governo militar, mas que parece que poucos Gaúchos se empenham em resgatar.

Porém grande espanto causa aos tradicionalistas gaúchos, que de alguns anos para cá, novos “elementos e cerimônias” vem sendo acrescidos às celebrações do 20 de Setembro, elementos estes que em nada tem a ver com a Cultura Nativista.

Um destes elementos, possivelmente o mais daninho, é a chamada “missa crioulla”, uma celebração deveras estranhas, na verdade uma paródia de mau gosto da Santa Missa Católica, que é, por vezes, bradada em plenos pulmões por muitos “nativistas”, como se fosse algo “sagrado” para a Cultura e para a Religião. Mas NÃO É.

Isto não é uma Missa, é uma paródia, e muito sem graça, do Santo Sacrifício.


São dois os grupos que defendem a “missa crioulla”, os TRADICIONALISTAS, e os RELIGIOSOS, vamos a seus argumentos:

OS TRADICIONALISTAS:
Pragam que a “missa crioulla” é a expressão da tradição da Cultura Gaúcha, logo, deve ser celebrada na Semana Farroupilha. Este argumento não é verdadeiro, pois sabemos bem que o conceito de Tradição Gaúcha é o seguinte “Conjunto de atos e costumes que moldaram a Cultura do Rio Grande do Sul e do povo que nele viveu ao longo dos séculos, principalmente aquela advinda entre os anos de 1835 a 1930”. Desta forma vemos que a tradição gaúcha se refere aos fatos históricos que realmente moldaram a cultura dos habitantes do Rio Grande do Sul, nos períodos entre o início da Revolução Farroupilha (1835) até o fim da Revolução Federalista (1930).
A “missa crioulla”, porém, não vem deste período histórico, ao contrário, ela vem do período mais recente possível. As primeiras “missas crioullas” foram celebradas há menos de 30 anos (alguns dizem menos de 20 anos), de modo que não passam nem de longe do período Tradicionalista da história gaúcha, que deve sim ser respeitado.

OS RELIGIOSOS:
Este grupo, é deveras, o mais perigoso. Formado majoritariamente por padres e religiosos que, por não terem o devido apreço e respeito ao Santo Sacrifício da Missa, celebram a “enculturação” do Rito, de forma a realizar, na verdade, uma paródia do que é Santo, fazendo-o contudo, tornar-se mundano.

Defendem que a “missa crioulla” é válida, porém não conseguem explicar o motivo de não estar inscrita no Rol do Missal Romano. E se não está no Missal, como pode ser Missa? É sabido que para a Missa ser válida é necessário que seja seguida à risca, como prescreve o Missal (como se diz em linguagem se Sacristia, fazer o que está em vermelho, ler o que está em preto), porém o que dizer de uma cerimônia em que foram mudadas todas as palavras do Missal?

Ainda, é sabido pelos Canonistas que para que algum clérigo passe a utilizar paramentos diferentes daqueles prescritos pela Igreja para celebrar determinado Rito, é necessário um instrumento chamado de PRIVILÉGIO APOSTÓLICO, isto é, um Privilégio específico, dado pelos Papas para que alguma Congregação, ou Igreja Particular use de paramentos diferentes. Pergunta-se então: onde está o Privilégio Apostólico dado aos padres que rezam a “missa crioulla” para substituíram a alva e a casula, por um poncho e lenço?

DESTA FORMA, conclui-se que o Tradicionalismo Gaúcho, bem como o Catolicismo, somente são bons se mantidos suas Tradições próprias, pois ambos, quando são modernizados, perdem a essência, e a “missa crioulla” é uma modernização que faz perder tanto a essência do Gauchismo, como do Catolicismo, pois não é bom nem para um, menos ainda para o outro.



Esta sim, a verdadeira Missa Tradicionalista, celebrada durante a vida de todos os grandes homens da história do Rio Grande do Sul.

Assim conclui-se dizendo que se tu fores um bom Tradicionalista, que preza pela verdadeira Cultura Gaúcha, pergunta aos teus pais ou avós, ou ainda, ao mais antigo do teu CTG como era a Santa Missa que ele frequentava com os pais dele na infância, como era a Missa de Sempre? Ele logo vai te responder que era a Santa Missa, em latim, com o Padre lindamente paramentado (“vestido como um Rei, humilde como um camponês”), e que todos olhavam para o mesmo lado, inclusive o Sacerdote!.

Comprovação de que a Missa Tridentina sempre foi a Missa da cultura gaúcha: foto de uma Missa Campal tirada em 1935 durante os Festejos do Centenário da Revolução Farroupilha, na Vila de Barril, então Palmeira das Missões, hoje Frederico Westphalen-RS. Missa celebrada pelo Mons. Vitor Batistella, Cavaleiro-Capelão da Sacra Ordem Dinástica, Equestre, Militar e Hospitalar da Milícia de Jesus Cristo e de Santa Maria Gloriosa.
(CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR)

Se tu fores o Patrão de algum CTG, e quiserdes que teus correligionários assistam a mesma Missa que assistiram os grandes nomes da história Gaúcha, como Bento Gonçalves, o Marquês de Tamandaré, o Barão do Herval, o Coronel Gomes Carneiro, o Barão de Iaqui, Borges de Medeiros ou Assis Brasil, procure um Padre que reze a Santa Missa Tridentina, pois foi esta a Missa que era rezada para todos estes grandes homens da história gaúcha, que jamais, em suas vidas, assistiram a uma única “missa crioulla”, mas assistiam, porém a Missa Católica.

Tenente Portela, RIO GRANDE DO SUL, 19 de setembro de 2014.
Andre Prinz von Trivulzio-Galli.